O Zumbi Africano

Há 10 anos, quando passeava pelos Jardins de São Paulo, nas esquinas da Avenida Paulista, um livro na vitrine me chamou a atenção: “Longo Caminho para a Liberdade”, uma autobiografia de Nelson Mandela. Não pude resistir. Comprei o livro! Tanta sabedoria por módicos 10 reais.


A edição era de 1994, ano da eleição de Mandela como primeiro presidente negro na África do Sul, 04 anos depois de ser libertado, após viver 27 anos na prisão.

 

Este ano, em função da copa do mundo de futebol, tive a oportunidade de assistir diversos documentários interessantes que relatam um pouco da vida deste homem dotado de tamanha humanidade!

 

Um deles contava a história da libertação de Mandela associada ao banimento e retorno do time de rúgbi da África do Sul à liga internacional.

 

Mandela acredita que o esporte tem o poder de mudar o mundo. E o esporte “dos brancos” serviu tanto de instrumento de pressão para a sua libertação, como de esperança de unificação do povo sul africano através do esporte.


O que mais me impressiona em Nelson Mandela é sua imensa capacidade de sublimar o sofrimento. Podendo liderar seu povo para uma guerra civil, ele, ao contrário, deu uma lição de sabedoria ao mundo inteiro e guiou seu povo para o perdão, para a unificação das raças, para a criação de um país onde era possível se pintar com todas as cores!

 

Pensei, então: Mandela é o Zumbi africano!

 

Nascido livre, no Quilombo dos Palmares, Zumbi é muito mais do que o guerreiro das armas. Zumbi é símbolo de liberdade, de abolição, de sabedoria, de esperança, de organização, de admiração, de liderança, de estratégia, de educação, de cultura, de inspiração, de vida, de amor, de beleza, de auto-estima, de coragem, de raça, de solidariedade, de resistência, de consciência negra. Zumbi é ponto de mutação!

 

Como diz a canção, “Valeu, Zumbi, o grito forte dos Palmares, que correu terras, céus e mares, influenciando a abolição. Zumbi, valeu!”.

 

E acrescento: Valeu, Mandela. O Zumbi dos Palmares Africanos! Mandela, valeu!

 

“Eu sempre soube que bem no fundo do coração humano havia misericórdia e generosidade. Ninguém nasce detestando outra pessoa por causa da cor da pele, da formação ou da religião. As pessoas precisam aprender a odiar, e se conseguem aprender a odiar também conseguem aprender a amar, pois o amor chega ao coração humano com mais naturalidade que seu oposto. Até nas épocas mais medonhas que passei na prisão, eu conseguia ter um vislumbre da humanidade existente em um guarda, talvez só durante um segundo, mas era suficiente para restabelecer minha confiança e me manter seguindo em frente. A bondade do homem é uma chama que pode ser escondida, mas nunca se extingue.”

Nelson Mandela

 

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Comments: 2
  • #1

    sex telefon (Tuesday, 17 January 2017 06:02)

    niepoprowadzenie

  • #2

    wróżka (Friday, 20 January 2017)

    Pajewski